A intransigência entre republicanos e democratas, centrada no financiamento de subsídios de saúde, prolonga um impasse com impactos crescentes.
A paralisação do governo, que já ultrapassa os 38 dias, causa perturbações generalizadas em todo o país.
O Presidente Trump exige que o Senado trabalhe continuamente até que seja alcançado um acordo, culpando o que chama de "obstrucionismo democrata".
Numa publicação na sua rede social Truth Social, escreveu: “Se não conseguirem chegar a um acordo, os republicanos devem acabar com o obstrucionismo imediatamente e cuidar dos nossos grandes trabalhadores americanos”. O impasse centra-se na exigência dos democratas de prorrogar por um ano os subsídios da Lei de Acesso à Saúde (Obamacare), uma proposta que os líderes republicanos, como John Thune, rejeitaram, exigindo primeiro a reabertura do governo. A pressão para uma resolução aumenta à medida que os efeitos se tornam mais severos: centenas de milhares de funcionários federais, incluindo controladores de tráfego aéreo, estão a trabalhar sem remuneração. Esta situação levou a Administração Federal de Aviação (FAA) a ordenar uma redução de até 10% nos voos em 40 dos aeroportos mais movimentados do país para garantir a segurança, resultando em centenas de cancelamentos e atrasos. Outro impacto crítico é a interrupção do Programa de Assistência Nutricional Suplementar (SNAP), que afeta 42 milhões de americanos de baixos rendimentos. Após os tribunais bloquearem uma suspensão total, a administração anunciou que financiaria apenas metade dos benefícios, utilizando um fundo de emergência.
Trump condicionou o restabelecimento total do financiamento do SNAP à aprovação de um orçamento pelos democratas. Apesar das negociações entre moderados de ambos os partidos para um pacote de financiamento parcial, uma solução abrangente permanece distante.













