A declaração gerou preocupação internacional e uma resposta imediata de Moscovo, reavivando tensões da era da Guerra Fria.

Trump instruiu o Pentágono a "começar a testar as armas nucleares [dos EUA] em pé de igualdade" com outras potências.

Numa entrevista, afirmou: "A Rússia faz testes, e a China faz testes, mas não falam sobre isso... Eles fazem testes e nós não.

Temos de fazer".

Esta retórica desencadeou uma resposta do Presidente russo, Vladimir Putin, que ordenou a apresentação de propostas para um possível recomeço dos testes nucleares russos.

A administração Trump, no entanto, enviou sinais contraditórios sobre a natureza dos testes.

O secretário da Energia, Chris Wright, especificou que não se tratava de "explosões nucleares", mas sim de "testes de sistema" ou "explosões não críticas", que avaliam os componentes não nucleares de uma arma. Contudo, a ambiguidade das declarações de Trump manteve a incerteza.

Os EUA não realizam um teste com explosão nuclear desde 1992, sendo signatários do Tratado de Proibição Total de Ensaios Nucleares (CTBT).

Uma detonação violaria flagrantemente este tratado.

Pouco depois das declarações, os EUA realizaram um teste "operacional" de um míssil balístico intercontinental (ICBM) Minuteman III desarmado, lançado da Califórnia para o Pacífico, para avaliar a sua fiabilidade e prontidão.

Este teste, embora rotineiro, foi interpretado como uma mensagem de projeção de poder no atual contexto geopolítico.