A administração defende a sua legalidade, alertando para consequências "devastadoras" caso seja revertida, enquanto opositores argumentam que o presidente usurpou os poderes do Congresso.

O Supremo Tribunal iniciou a análise da legalidade das sobretaxas alfandegárias, que variam de 10% a 50%, impostas por Trump sobre uma vasta gama de produtos importados. A administração invocou a Lei de Emergência Económica Internacional (IEEPA) de 1977, argumentando que o défice comercial crónico constitui uma "emergência nacional". No entanto, tribunais inferiores consideraram que Trump excedeu a sua autoridade, uma vez que a IEEPA não concede explicitamente o poder de impor tarifas, uma competência reservada ao Congresso. Durante a audiência no Supremo, vários juízes, incluindo conservadores como John Roberts, expressaram ceticismo sobre a amplitude do poder que a lei parece conceder ao presidente.

A juíza liberal Sonia Sotomayor foi direta: "A tributação é da competência do poder legislativo... as tarifas são impostos".

Trump descreveu a sua política tarifária como um "canivete suíço" para reindustrializar o país, reduzir o défice comercial e pressionar outros países, como o México, o Canadá e a China.

O Presidente admitiu ter um "plano B" caso o tribunal decida contra si, mas insistiu que uma decisão desfavorável seria "devastadora para o nosso país".

O caso reflete a tensão entre o poder executivo e o legislativo, com implicações profundas para o comércio global e a economia americana.