A decisão, de maioria conservadora, reverte uma política da era Biden e alinha-se com a ordem executiva de Trump que reconhece apenas "dois sexos, masculino e feminino". A decisão do Supremo Tribunal suspende uma ordem de um tribunal inferior que exigia que o Departamento de Estado continuasse a permitir que os cidadãos escolhessem o género masculino, feminino ou "X" nos seus passaportes, de acordo com a sua identidade. Esta política tinha sido implementada durante a administração de Joe Biden, removendo a necessidade de documentação médica.

No entanto, em janeiro, o Presidente Trump emitiu uma ordem executiva declarando que os EUA "reconheceriam dois sexos, masculino e feminino", com base em certidões de nascimento e "classificação biológica". A nova política da administração foi contestada em tribunal por indivíduos transgénero e não-binários, que argumentam que passaportes que não correspondem à sua identidade de género podem expô-los a assédio e violência. Os advogados dos queixosos afirmaram que "o Departamento de Estado priva os queixosos de um documento de identificação utilizável e da capacidade de viajar com segurança". A decisão provisória do Supremo, com a discordância das três juízas liberais, permite que a política de Trump seja aplicada enquanto o caso continua a tramitar nos tribunais inferiores, representando uma vitória significativa para a agenda social conservadora da administração.