A justificação do presidente foi a necessidade de manter a paridade estratégica, alegando que outras potências estariam a realizar ensaios secretos.
Donald Trump declarou ter instruído o Departamento da Guerra a “começar a testar as nossas armas nucleares em pé de igualdade”, afirmando numa entrevista que “a Rússia faz testes, e a China faz testes, mas não falam sobre isso”.
Esta alegação foi prontamente rejeitada pela China e gerou uma forte reação em Moscovo.
O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, lamentou a falta de uma “explicação por vias diplomáticas” sobre as intenções de Washington, enquanto o presidente Vladimir Putin ordenou ao seu governo que preparasse um relatório sobre a “necessidade” de a Rússia também retomar os testes. A escalada retórica foi acompanhada por ações concretas, com os Estados Unidos a realizarem um teste “operacional” de um míssil balístico intercontinental Minuteman III desarmado, lançado a partir da Califórnia.
O secretário da Energia dos EUA, Chris Wright, esclareceu que a ordem de Trump não incluía, para já, testes explosivos, mas sim “testes de sistema”. O cenário é agravado pelo facto de os EUA nunca terem ratificado o Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares (CTBT) e de a Rússia ter retirado a sua ratificação em 2023, enfraquecendo os mecanismos de contenção nuclear.













