A resolução visa restabelecer o financiamento de agências federais e garantir o pagamento de salários a centenas de milhares de funcionários públicos. A paralisação, que começou a 1 de outubro, resultou de um impasse orçamental entre republicanos e democratas, centrado na prorrogação dos subsídios previstos na lei de cuidados de saúde Affordable Care Act (ACA), conhecida como Obamacare. O acordo foi alcançado após um grupo de sete senadores democratas e o senador independente Angus King se terem juntado aos republicanos, garantindo os 60 votos necessários para avançar com a legislação.

O Presidente Donald Trump instou o Senado a prosseguir os trabalhos até se alcançar uma solução, escrevendo na sua rede social Truth Social que os republicanos deveriam "acabar com o obstrucionismo imediatamente".

O impacto do 'shutdown' foi vasto, afetando mais de 650.000 funcionários públicos que ficaram sem receber salários, o que os forçou a recorrer a subsídios de alimentação ou empréstimos de emergência. Além disso, serviços essenciais foram interrompidos, incluindo o Programa de Assistência Nutricional Suplementar (SNAP), que afeta 42 milhões de americanos, e registaram-se longos atrasos nos aeroportos devido à falta de controladores de tráfego aéreo. O acordo prevê o financiamento de vários departamentos até 30 de janeiro e a promessa dos republicanos de votar a prorrogação dos subsídios do Obamacare em dezembro. No entanto, a resolução não foi unânime dentro do Partido Democrata, com figuras como o líder da minoria, Chuck Schumer, e a senadora Elizabeth Warren a considerarem o acordo um "grande erro", argumentando que cederam sem garantir a proteção dos cuidados de saúde.