A medida provisória visa restabelecer o financiamento de agências federais e pagar salários em atraso a centenas de milhares de funcionários públicos. A paralisação, que se iniciou a 1 de outubro, resultou de um impasse orçamental entre republicanos e democratas no Congresso. O principal ponto de discórdia foi a exigência democrata de negociar uma prorrogação dos subsídios da lei de cuidados de saúde, conhecida como Obamacare, que expiram no final do ano, algo que os republicanos se recusaram a discutir antes de o governo ser reaberto. A crise teve consequências sociais e económicas severas, afetando diretamente 1,3 milhões de trabalhadores federais, que ficaram sem receber salários, e suspendendo o Programa de Assistência Nutricional Suplementar (SNAP), que beneficia 42 milhões de norte-americanos. A paralisação também causou perturbações significativas no tráfego aéreo, com milhares de cancelamentos de voos devido à falta de controladores de tráfego aéreo, que, embora considerados essenciais, também não recebiam salário. O Presidente Donald Trump ameaçou punir os controladores ausentes, publicando na rede Truth Social: "Todos os controladores de tráfego aéreo devem regressar ao trabalho IMEDIATAMENTE!!!

Quem não regressar terá deduções substanciais" nos seus salários.

O acordo para pôr fim à crise foi finalmente alcançado no Senado com uma votação de 60-40, o mínimo necessário, graças ao apoio de oito senadores democratas que quebraram a linha do partido. O compromisso estabelece o financiamento das agências federais até 30 de janeiro e reverte mais de 4.000 despedimentos que a Administração Trump tentou levar a cabo.

O Presidente Trump considerou o acordo "muito bom", abrindo caminho para a sua aprovação final na Câmara dos Representantes.