Esta foi a primeira visita oficial de um chefe de Estado sírio aos Estados Unidos desde a independência do país em 1946.

O encontro, qualificado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da Síria como "cordial e construtivo", representa um passo importante nos esforços para reintegrar a Síria na comunidade internacional.

A reunião ocorreu poucos dias depois de Washington ter levantado parcialmente as sanções contra a Síria por um período de 180 dias e de ter removido al-Sharaa da lista de Terroristas Globais Especialmente Designados.

Donald Trump elogiou publicamente o seu homólogo sírio, descrevendo-o como um "líder muito forte".

Numa publicação na sua rede social, Truth Social, Trump escreveu: "Foi uma honra passar algum tempo com Ahmed Hussein al-Sharaa, o novo presidente da Síria, com quem discutimos todas as complexidades da PAZ no Médio Oriente".

A diplomacia síria, por sua vez, indicou que Trump "expressou a sua admiração pela nova liderança e pelo povo sírio" e reafirmou a disponibilidade de Washington para apoiar o processo de reconstrução do país. O passado de al-Sharaa, que já esteve ligado à Al-Qaeda e foi detido por forças norte-americanas, foi um ponto de controvérsia, mas a sua desvinculação oficial da organização e a liderança na ofensiva que derrubou o regime de Bashar al-Assad em 2024 abriram caminho para esta reaproximação. Durante a visita, foram discutidos mecanismos para a unificação institucional na Síria, incluindo a integração das Forças Democráticas da Síria (FDS) no exército sírio, e o apoio a um acordo de segurança com Israel para melhorar a estabilidade regional.