A medida, descrita como um perdão "total, completo e incondicional", tem um caráter largamente simbólico.

Entre os perdoados encontram-se figuras-chave na contestação dos resultados eleitorais, como o ex-chefe de gabinete Mark Meadows e os advogados conservadores Sidney Powell e John Eastman.

A proclamação, datada de sexta-feira e divulgada por Ed Martin, responsável governamental pelos indultos, justifica a decisão como um meio de pôr "fim a uma grave injustiça nacional perpetrada contra o povo norte-americano após as eleições presidenciais de 2020 e dá continuidade ao processo de reconciliação nacional".

No entanto, a natureza dos perdões é limitada, uma vez que se aplicam apenas a crimes federais.

Nenhuma das pessoas abrangidas enfrenta atualmente acusações a nível federal, embora algumas estejam a ser processadas em tribunais estaduais, onde o perdão presidencial não tem efeito.

A decisão sublinha os esforços contínuos de Trump para reescrever a narrativa em torno da sua derrota para Joe Biden em 2020.

Um pormenor notável no documento é a especificação de que "o perdão não se aplica ao Presidente dos Estados Unidos", uma cláusula que impede que a medida seja interpretada como um autoperdão preventivo por parte de Trump no que diz respeito a quaisquer crimes federais relacionados com os mesmos eventos.