A decisão foi seguida pelo teste de um míssil balístico intercontinental Minuteman III por parte dos Estados Unidos.

O Presidente Donald Trump justificou a medida com a necessidade de os EUA estarem em "igualdade de condições" com outras potências nucleares. Numa publicação na Truth Social, declarou: "Devido aos programas de testes realizados por outros países, solicitei ao Departamento de Guerra que comece a testar as nossas armas nucleares em pé de igualdade.

Este processo terá início imediato".

O anúncio surgiu após a Rússia ter realizado exercícios com o míssil de cruzeiro Burevestnik e o drone submarino Poseidon.

A resposta de Moscovo foi imediata.

O Presidente Vladimir Putin instruiu o seu governo a avaliar a necessidade de também retomar os testes, enquanto o ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, lamentou a falta de explicações por via diplomática. Dmitry Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança russo, alertou que "as consequências de tais palavras são inevitáveis". Pouco depois do anúncio de Trump, os EUA realizaram um "teste operacional" de um míssil Minuteman III não armado, lançado da Califórnia em direção às Ilhas Marshall, para avaliar a sua fiabilidade. Este desenvolvimento marca um ponto de viragem nas relações internacionais, enfraquecendo o Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares (CTBT) e aumentando o risco de uma nova era de proliferação nuclear, num retrocesso que o mundo não via desde o fim da Guerra Fria.