O Presidente admitiu ter um "plano B" caso a decisão seja desfavorável, alertando para consequências "devastadoras" para o país.
A administração Trump impôs, a partir de abril, sobretaxas que variam de 10% a 50% sobre uma vasta gama de produtos importados, invocando a Lei de Emergência Económica Internacional (IEEPA) de 1977.
Trump descreveu as tarifas como "uma das melhores palavras do dicionário", utilizando-as como um instrumento para reindustrializar o país, reduzir o défice comercial e pressionar parceiros comerciais.
No entanto, a legalidade desta medida foi contestada por um grupo de empresas e doze estados democratas, que argumentam que o Presidente usurpou os poderes do Congresso, a quem a Constituição atribui a competência para impor impostos e tarifas. Durante a audiência no Supremo Tribunal, vários juízes, incluindo a liberal Sonia Sotomayor, manifestaram ceticismo, com Sotomayor a afirmar que "a tributação é da competência do poder legislativo... as tarifas são impostos".
O presidente do tribunal, John Roberts, também notou que a lei parecia conceder "grande autoridade" ao presidente.
Confrontado com a possibilidade de uma decisão desfavorável, Trump afirmou que seria "devastadora para o nosso país", mas que o governo "saiu-se muito bem" na audiência e que, ainda assim, teria de "desenvolver um plano B". A decisão do tribunal, de maioria conservadora, é aguardada com grande expectativa, pois poderá redefinir os limites do poder executivo em matéria de política comercial.














