A diretiva de Trump surgiu após o Presidente russo, Vladimir Putin, ter ordenado exercícios nucleares e anunciado testes de novos sistemas de armas, como o míssil de cruzeiro Burevestnik e o submarino não tripulado Poseidon. Em resposta, Trump declarou: "Devido aos programas de testes realizados por outros países, solicitei ao Departamento de Guerra que comece a testar as nossas armas nucleares em pé de igualdade.

Este processo terá início imediato".

Embora o secretário da Energia, Chris Wright, tenha esclarecido que a ordem não incluía, para já, testes explosivos, mas sim "testes de sistema", a medida foi vista como um ponto de inflexão. Em reação, Putin instruiu o seu governo a analisar a necessidade de a Rússia também retomar os testes.

O ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, lamentou a falta de explicações por via diplomática sobre as intenções de Washington.

Pouco depois, os EUA realizaram um "teste operacional" de um míssil balístico intercontinental Minuteman III, desarmado, lançado a partir da Califórnia. A decisão de Trump reabre um debate delicado sobre a proliferação nuclear, num contexto em que os EUA nunca ratificaram o Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares (CTBT) de 1996 e a Rússia retirou a sua ratificação em 2023.