A iniciativa visa manipular o sistema para garantir o controlo do Congresso em 2026, gerando batalhas legais e manobras políticas em estados como Utah, Texas e Carolina do Norte. Este esforço de 'gerrymandering' fora do ciclo decenal habitual foi diretamente incentivado por Trump, que apelou aos estados com maioria republicana para reforçarem a sua representação no Congresso. No Texas, os republicanos aprovaram um novo mapa que lhes pode render até mais cinco assentos, apesar de uma tentativa de bloqueio por parte dos democratas estaduais.

Na Carolina do Norte e no Missouri, os legisladores também avançaram com revisões favoráveis aos republicanos.

No entanto, a estratégia encontrou um revés significativo no Utah, onde uma juíza rejeitou o mapa republicano por favorecer indevidamente o partido e selecionou uma proposta alternativa que beneficia os democratas, mantendo o condado de Salt Lake, maioritariamente democrata, num único distrito.

Em resposta, os democratas estão a mobilizar-se nos estados que controlam.

O governador da Califórnia, Gavin Newsom, aprovou um plano que poderá dar ao seu partido mais cinco representantes.

O líder da minoria na Câmara dos Representantes, Hakeem Jeffries, anunciou que os democratas estão "prontos para responder em força" com planos de revisão de círculos eleitorais em estados como Illinois, Virgínia, Nova Iorque e Maryland. A batalha pelos mapas eleitorais intensifica-se, tornando-se um campo de confronto crucial para o equilíbrio de poder a nível nacional.