A medida, embora largamente simbólica, sublinha a intenção de Trump de reescrever a narrativa da sua derrota eleitoral. A proclamação, datada de sexta-feira e divulgada por Ed Martin, responsável governamental pelos indultos, concede um perdão “total, completo e incondicional” a figuras-chave que apoiaram as alegações de fraude eleitoral. Entre os perdoados estão, para além de Giuliani, o ex-chefe de gabinete Mark Meadows e os advogados conservadores Sidney Powell e John Eastman, que desenvolveram estratégias legais para impedir a certificação da vitória de Joe Biden. O documento justifica a medida como um passo para pôr “fim a uma grave injustiça nacional” e para dar “continuidade ao processo de reconciliação nacional”.

No entanto, estes perdões aplicam-se apenas a crimes federais, não afetando os processos que as pessoas visadas enfrentam nos tribunais estaduais, onde a maioria das acusações foi apresentada. É de notar que a proclamação especifica que “o perdão não se aplica ao Presidente dos Estados Unidos”, o que significa que Trump não se incluiu na medida.

A decisão é vista como um esforço para solidificar a sua base de apoio e reforçar a sua versão dos acontecimentos pós-eleitorais.