A escalada militar ocorre no contexto de uma operação antidrogas norte-americana que Caracas considera uma ameaça direta à sua soberania e uma tentativa de derrubar o regime.

O destacamento naval dos EUA, descrito como o maior na região desde a Guerra do Golfo, inclui o porta-aviões que se junta a outros oito navios de guerra já posicionados.

A justificação oficial de Washington é o combate ao narcotráfico, tendo sido realizados ataques a cerca de 20 embarcações desde setembro, resultando em dezenas de mortos.

Estas ações foram classificadas pela ONU e por governos da região como “execuções extrajudiciais”.

Em resposta, o Presidente Maduro promulgou uma nova lei de defesa nacional e ordenou às Forças Armadas que se preparassem para um eventual ataque.

O ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino, afirmou que a mobilização visa enfrentar a “ameaça militar posicionada nas Caraíbas, que ameaça não só a Venezuela, mas toda a região da América Latina”.

O governo de Maduro acusa a administração Trump de usar o combate ao tráfico de droga como pretexto para uma intervenção militar destinada a promover uma “mudança de regime” e controlar os recursos petrolíferos do país.