A administração Trump foi confrontada por tribunais que ordenaram a reposição dos pagamentos que afetam 42 milhões de norte-americanos, mas recorreu ao Supremo Tribunal para manter os apoios congelados.

Com o ‘shutdown’ a bloquear o orçamento federal, o programa SNAP, do qual dependem cerca de 12% da população, ficou sem fundos a partir do início de novembro.

A situação levou a que milhões de famílias ficassem sem acesso a vales para comprar alimentos, forçando muitas a recorrer a bancos alimentares sobrecarregados.

A administração Trump propôs inicialmente pagar apenas uma parte dos benefícios (65%), mas a medida foi contestada em tribunal.

Um juiz federal, John J. McConnell, ordenou o financiamento integral do programa, afirmando que o governo não considerou “as consequências práticas” nem os “prejuízos que as pessoas que dependem desses benefícios sofreriam”. Em resposta, o Departamento de Justiça recorreu da decisão, argumentando que não havia forma de encontrar os fundos necessários. A crise do SNAP tornou-se um dos símbolos mais visíveis do impacto social da paralisação, gerando críticas de organizações humanitárias e governadores Democratas, que prometeram resistir a qualquer tentativa de recuperar o dinheiro já distribuído. O acordo final que pôs fim ao ‘shutdown’ incluiu uma provisão específica para financiar o Departamento de Agricultura, responsável pelo SNAP, durante todo o ano fiscal, para evitar a repetição da crise.