O anúncio de Donald Trump sobre a possível retoma dos testes nucleares foi justificado pela necessidade de os EUA se manterem em "igualdade de condições" com outros países, numa referência direta às atividades militares da Rússia e da China. A sugestão surgiu pouco depois de o Presidente russo, Vladimir Putin, ter supervisionado exercícios com armas atómicas e anunciado o lançamento de novos sistemas, como o míssil Burevestnik e o torpedo Poseidon, ambos de propulsão nuclear. A resposta de Moscovo foi imediata.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, afirmou que a Rússia aguardava "explicações por vias diplomáticas".
Pouco depois, Putin instruiu o seu governo a avaliar a conveniência de reabrir o centro de testes de Novaya Zemlya, no Ártico, embora tenha reafirmado o compromisso de manter a moratória "enquanto as outras potências fizerem o mesmo". A situação é agravada pelo facto de os EUA nunca terem ratificado o Tratado de Proibição Completa de Ensaios Nucleares (CTBT) e de a Rússia ter revogado a sua ratificação em 2023, enfraquecendo ainda mais o regime de não proliferação.














