A mudança de estratégia surge num momento de renovado escrutínio sobre as suas ligações ao financeiro e é enquadrada pela Casa Branca como uma tentativa de expor uma "farsa democrata".

Numa publicação na sua rede social, Truth Social, Trump declarou que os republicanos "não têm nada a esconder" e que a divulgação dos documentos serviria para "superar esse embuste democrata perpetrado por lunáticos da esquerda radical".

Esta nova postura contrasta com a relutância anterior da Casa Branca em apoiar a libertação dos ficheiros, uma questão que tem gerado tensões dentro do próprio Partido Republicano.

A mudança ocorre dias antes de uma votação na Câmara dos Representantes sobre o assunto e após a divulgação de novos emails atribuídos a Epstein, nos quais o financeiro alegava que Trump "sabia das raparigas" e que teria passado tempo com uma das vítimas.

A administração Trump reagiu prontamente, classificando os emails como uma "narrativa falsa para difamar o presidente".

Para desviar as atenções, Trump anunciou que iria pedir ao Departamento de Justiça e ao FBI que investigassem as ligações de Epstein a figuras democratas, incluindo o ex-presidente Bill Clinton, o ex-secretário do Tesouro Larry Summers e o cofundador do LinkedIn, Reid Hoffman.

"Jeffrey Epstein era um democrata, é um problema dos democratas, não dos republicanos", escreveu Trump, acusando os seus opositores de fabricarem o caso para fins políticos.

Desde que regressou ao poder, Trump tem insistido que o processo é "uma manipulação política destinada a enfraquecer" a sua administração, apesar de durante a campanha ter prometido "grandes revelações" sobre o escândalo.