O Presidente Donald Trump concedeu um perdão a Daniel Edwin Wilson, um apoiante condenado por posse ilegal de armas no âmbito da investigação sobre o seu papel no assalto ao Capitólio de 6 de janeiro de 2021. Esta decisão insere-se num padrão de utilização da autoridade presidencial para beneficiar os seus apoiantes envolvidos na tentativa de reverter a eleição de 2020. Daniel Edwin Wilson, de Louisville, Kentucky, estava a ser investigado pela sua participação na revolta quando as autoridades encontraram seis armas de fogo e milhares de munições na sua residência. Devido a condenações anteriores, estava legalmente proibido de possuir armas.
Wilson declarou-se culpado e foi condenado em 2024 a cinco anos de prisão.
Este é o segundo perdão que recebe, após ter sido abrangido pela amnistia mais ampla que Trump concedeu em janeiro a mais de 1.500 pessoas envolvidas no cerco ao Capitólio. Um funcionário da Casa Branca justificou a decisão, afirmando que, "como as buscas à casa e a Wilson se deveram aos acontecimentos de 6 de janeiro, e sem isso não tinham acontecido, o Presidente Trump concedeu-lhe o perdão também nos assuntos relacionados com as armas de fogo". A medida levanta um debate jurídico sobre se os perdões relacionados com os eventos de 6 de janeiro se estendem a outros crimes descobertos durante as investigações subsequentes.
A decisão é vista como a mais recente demonstração da vontade de Trump de usar a sua autoridade constitucional para beneficiar apoiantes que tentaram mantê-lo no poder após a sua derrota eleitoral.
Em resumoO perdão concedido por Donald Trump a um participante do assalto ao Capitólio por um crime de posse de armas, descoberto na sequência da investigação, reforça a perceção de que o Presidente utiliza o seu poder de indulto para proteger aliados políticos. A decisão alimenta o debate sobre os limites da autoridade presidencial e o tratamento dado aos envolvidos nos eventos de 6 de janeiro de 2021.