Esta reviravolta surge no meio de uma crescente pressão política e de fissuras visíveis na sua própria coligação.
Após meses a resistir à divulgação e a tentar demover congressistas republicanos que se alinharam com os democratas na matéria, Trump cedeu.
A sua nova diretiva, partilhada na sua rede social Truth Social, foi clara: “Os republicanos da Câmara [dos Representantes] devem votar a favor da divulgação dos arquivos de Epstein porque não temos nada a esconder”. Esta mudança de estratégia ocorre num momento crítico, com a Câmara dos Representantes a preparar-se para votar o “Epstein Files Transparency Act”, uma iniciativa legislativa bipartidária que ganhou o apoio necessário para avançar após a tomada de posse da congressista democrata Adelita Grijalva. A pressão sobre Trump intensificou-se após a divulgação de novos emails atribuídos a Epstein, nos quais se alega que o Presidente “sabia das raparigas” e que privava com o financeiro. A relutância inicial de Trump em apoiar a transparência gerou críticas de aliados próximos, como Marjorie Taylor Greene, e abriu o que um comentador descreveu como “as primeiras fissuras na coligação de Donald Trump”. Para contrariar a narrativa, Trump classificou o caso como uma “farsa política” e um “embuste democrata perpetrado por lunáticos da esquerda radical”, ordenando ao Departamento de Justiça que investigasse as ligações de Epstein a figuras democratas como Bill Clinton e a instituições como o JP Morgan Chase, numa tentativa de desviar as atenções e politizar o escândalo a seu favor.













