A decisão judicial reforça as alegações de que o processo foi politicamente motivado pela administração Trump. O juiz William Fitzpatrick ordenou que os procuradores fornecessem à defesa de Comey todos os materiais do grande júri que o indiciou, citando uma série de irregularidades.

Entre elas, destacam-se “declarações jurídicas fundamentalmente erradas” feitas por um procurador ao grande júri e o uso de comunicações potencialmente privilegiadas. A defesa de Comey argumenta que a acusação foi motivada por “rancor pessoal” de Donald Trump, que teria ordenado ao Departamento de Justiça que processasse o seu crítico.

O processo ganhou impulso após Trump ter nomeado Lindsey Halligan, uma conselheira da Casa Branca sem experiência como procuradora federal, para liderar o caso, a qual apressou a apresentação das acusações.

Comey é um de vários adversários políticos de Trump, como o antigo conselheiro de segurança nacional John Bolton e a procuradora-geral de Nova Iorque Letitia James, que se tornaram alvos de investigações ou acusações desde o regresso do republicano ao poder, cumprindo a sua promessa de procurar vingança contra os seus inimigos.