Esta situação gerou fissuras no Partido Republicano e forçou uma mudança de posição da Casa Branca.
A controvérsia em torno do caso Epstein intensificou-se após a Câmara dos Representantes e o Senado aprovarem, quase por unanimidade, um projeto de lei que obriga o Departamento de Justiça a divulgar todos os documentos relacionados com a investigação.
A medida ganhou força bipartidária, colocando a Casa Branca numa posição defensiva.
Inicialmente, Trump havia instado os republicanos a votarem contra a legislação, mas, perante a iminente aprovação, mudou de posição, encorajando o seu partido a apoiar a lei e prometendo assiná-la, afirmando: "não temos nada a esconder".
Em paralelo, o presidente procurou distanciar-se publicamente de Epstein, a quem descreveu como um "pervertido doente".
A polémica foi exacerbada pela divulgação de emails atribuídos a Epstein, nos quais este sugeria que Trump "sabia das raparigas" e que teria passado tempo com uma das vítimas. Noutros emails, Epstein descrevia Trump como "perigoso".
A Casa Branca reagiu, classificando as revelações como uma "narrativa falsa para difamar o presidente" e uma "farsa democrata".
Como contra-ataque, Trump ordenou ao Departamento de Justiça que investigasse as ligações de Epstein a proeminentes figuras democratas, como o ex-presidente Bill Clinton e o ex-secretário do Tesouro Larry Summers.
O caso provocou também uma rutura pública entre Trump e a congressista Marjorie Taylor Greene, uma das suas mais fiéis aliadas do movimento MAGA, que criticou a relutância inicial do presidente em apoiar a divulgação dos ficheiros.













