A relação conflituosa do Presidente Trump com os meios de comunicação social intensificou-se com ameaças diretas a licenças de transmissão e processos judiciais multimilionários. Os ataques visaram a ABC News por perguntas consideradas "incómodas" e a BBC por uma edição de um discurso, refletindo a sua contínua estratégia de desacreditar a imprensa. Durante a visita do príncipe herdeiro saudita, uma jornalista da ABC News questionou Trump sobre potenciais conflitos de interesse da sua família na Arábia Saudita e confrontou Mohammed bin Salman sobre o assassinato de Jamal Khashoggi. Visivelmente irritado, Trump retorquiu: "Notícias falsas da ABC. Uma das piores do ramo", e mais tarde ameaçou: "Acho que a licença da ABC devia ser revogada por as vossas reportagens serem tão falsas e erróneas". Noutro incidente, Trump confirmou que iria processar a BBC, exigindo uma indemnização "entre um e cinco mil milhões de dólares" por uma edição do seu discurso de 6 de janeiro de 2021 no programa "Panorama", que, segundo ele, foi manipulada para dar a entender que incitou diretamente à violência. A BBC pediu desculpas pela edição, mas rejeitou que houvesse base para uma ação por difamação.
Além destas ameaças institucionais, Trump continuou a atacar jornalistas individualmente, chamando "porquinha" a uma correspondente da Bloomberg que o questionou sobre o caso Epstein.
Estes episódios reforçam o padrão de Trump de qualificar como "fake news" as reportagens críticas e de usar insultos para intimidar repórteres.
Em resumoO Presidente Trump escalou a sua guerra contra os media, passando de críticas verbais a ameaças concretas contra a licença de uma cadeia de televisão e um processo judicial massivo contra outra. Esta abordagem, combinada com insultos pessoais a jornalistas, demonstra um esforço contínuo para minar a credibilidade da imprensa e silenciar a cobertura crítica da sua administração.