Esta abordagem dupla reflete a complexidade das relações entre as duas maiores economias do mundo.
Numa ação que provocou a “firme oposição” de Pequim, Washington aprovou a primeira venda de armamento a Taiwan durante o segundo mandato de Trump, no valor de 283 milhões de euros, para peças de reposição e reparação de caças. O Ministério da Defesa chinês apresentou um “protesto formal”, considerando a venda uma violação do princípio de “uma só China” e uma interferência nos seus assuntos internos.
A China classificou a “questão de Taiwan” como a sua “linha vermelha” e advertiu que tomará “todas as medidas necessárias” para salvaguardar a sua soberania.
Em contraste com esta postura de confronto, a administração Trump também alcançou um acordo comercial significativo com Pequim. Após um encontro entre Trump e Xi Jinping, a China concordou em suspender as restrições à exportação de terras raras, cruciais para o setor tecnológico, e comprometeu-se a comprar grandes quantidades de soja norte-americana.
Em troca, Washington irá reduzir as tarifas alfandegárias sobre produtos chineses.
O Secretário do Tesouro, Scott Bessent, expressou-se “convencido” de que “a China cumprirá os seus compromissos”.
No entanto, o líder de Hong Kong, John Lee Ka-chiu, descreveu o ano nas relações sino-americanas como “difícil e até desanimador”, lamentando a falta de “oportunidades mutuamente vantajosas” e criticando a “narrativa inventada sobre tarifas recíprocas”.













