O plano gerou reações imediatas da Ucrânia e dos seus aliados europeus, que não foram consultados. O plano de 28 pontos, redigido pelo enviado dos EUA Steve Witkoff com contributos de Marco Rubio e Jared Kushner, propõe que a Ucrânia ceda a Crimeia, Lugansk e Donetsk, que seriam "reconhecidas de facto como russas, incluindo pelos Estados Unidos".
As regiões de Kherson e Zaporíjia permaneceriam divididas ao longo da linha da frente atual. Em termos militares, as Forças Armadas da Ucrânia ficariam limitadas a 600.000 efetivos, e o país teria de consagrar na sua Constituição a renúncia permanente à adesão à NATO. Em troca, a Ucrânia receberia "garantias de segurança fiáveis" dos EUA e a possibilidade de aderir à União Europeia.
A Casa Branca, através da porta-voz Karoline Leavitt, defendeu a proposta como "um bom plano tanto para a Rússia como para a Ucrânia", considerando-o "aceitável para ambas as partes".
A presidência ucraniana confirmou ter recebido um "plano preliminar" e o Presidente Volodymyr Zelensky manifestou disponibilidade para o discutir com Trump, embora tenha sublinhado a necessidade de uma "paz digna".
A reação da União Europeia foi de forte oposição.
O presidente do Conselho Europeu, António Costa, afirmou que "a UE não recebeu qualquer comunicação oficial do plano", enquanto a alta representante para os Negócios Estrangeiros da UE, Kaja Kallas, rejeitou qualquer acordo que recompense a Rússia pela invasão.
A divulgação do plano evidencia uma mudança na abordagem diplomática dos EUA, que negociaram diretamente com Moscovo sem envolver os seus parceiros europeus ou ucranianos, colocando uma pressão considerável sobre Kiev para aceitar termos vistos por muitos como uma capitulação.













