A retórica agressiva de Trump contra a imprensa, que frequentemente classifica como "fake news", materializou-se em confrontos diretos e ameaças institucionais.

Durante um voo no Air Force One, o Presidente mandou calar a correspondente da Bloomberg, Catherine Lucey, que o questionava sobre o caso Epstein, dizendo: "Cala-te. Cala-te, porquinha".

A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, defendeu o comportamento do Presidente como um sinal de "honestidade e abertura", afirmando que ele "denuncia notícias falsas quando as vê".

Noutro episódio, durante a visita do príncipe herdeiro saudita, Trump ameaçou revogar a licença da ABC News depois de a jornalista Mary Bruce ter feito perguntas sobre os negócios da sua família na Arábia Saudita e o assassinato de Jamal Khashoggi. Trump qualificou a ABC News como "uma das piores do ramo" e declarou que a sua licença "devia ser revogada".

Além disso, o Presidente anunciou a intenção de processar a emissora britânica BBC, exigindo uma indemnização de "entre um e cinco mil milhões de dólares" por uma edição de vídeo que considerou difamatória. Estes episódios inserem-se num padrão de ataques à liberdade de imprensa que, segundo os artigos, já incluiu processos judiciais contra vários outros meios de comunicação norte-americanos.