A administração Trump intensificou a sua presença na região com a chegada do porta-aviões USS Gerald R. Ford, o mais avançado da Marinha dos EUA, que se juntou a outros navios de guerra.

Oficialmente, a missão, denominada "Operação Lança do Sul", visa combater o narcotráfico.

No entanto, o governo venezuelano acusa Washington de usar este pretexto como uma "ameaça militar letal" para derrubar o regime de Maduro e apoderar-se das reservas de petróleo do país. A operação já resultou em cerca de 20 ataques a embarcações suspeitas no Pacífico e nas Caraíbas, causando mais de 80 mortes, o que Caracas classifica como execuções extrajudiciais.

Em resposta, Nicolás Maduro colocou as forças armadas em alerta máximo. Em contrapartida a esta escalada militar, Trump surpreendeu ao admitir a possibilidade de uma conversa com Maduro.

"Falarei com ele num futuro não muito distante, mas não posso dizer-te o que lhe vou dizer", afirmou Trump numa entrevista, acrescentando ter "algo muito específico para dizer".

Maduro respondeu positivamente, declarando-se disposto a um encontro "cara a cara, sem nenhum problema" para evitar um conflito.

Esta dualidade de abordagens, entre a demonstração de força militar e a abertura diplomática, mantém a região num estado de elevada incerteza geopolítica.