A decisão surge na sequência de um conflito público com o presidente sobre a gestão do caso Jeffrey Epstein. Greene, que se tornou uma crítica veemente da posição de Trump relativamente à divulgação dos ficheiros do caso Epstein, anunciou que abandonará as suas funções a 5 de janeiro de 2026. Num comunicado, a congressista da Geórgia afirmou que "defender as mulheres americanas que foram violadas aos 14 anos [...] não deveria expor-me a ser chamada de traidora e ameaçada pelo presidente dos Estados Unidos, pelo qual lutei".

O conflito entre os dois intensificou-se nos últimos meses, culminando com Trump a retirar publicamente o seu apoio a Greene e a referir-se a ela com epítetos como "Marjorie 'A Traidora' Greene".

O presidente reagiu ao anúncio da demissão considerando-o "uma ótima notícia para o país", embora numa mensagem posterior tenha afirmado que "sempre a apreciará e agradecerá pelo seu serviço".

Greene, por sua vez, justificou a sua saída afirmando que "sempre foi desprezada em Washington e nunca se integrou".

A rutura entre Trump e uma das suas mais leais defensoras do movimento MAGA (Make America Great Again) evidencia as profundas divisões no seio do Partido Republicano, exacerbadas pela controvérsia em torno do caso Epstein e a pressão para a divulgação total dos arquivos.