A retórica incendiária do presidente foi imediatamente condenada pelo Partido Democrata, que a classificou como "absolutamente ultrajante".

O conflito teve origem num vídeo onde seis membros democratas do Congresso, todos com passado militar ou nos serviços de informações, afirmaram que "as ameaças à nossa Constituição não vêm apenas do estrangeiro, mas também daqui de casa" e que os militares "podem recusar-se a cumprir ordens ilegais".

Em reação, Trump publicou na sua plataforma Truth Social: "Comportamento sedicioso, punível com a morte!".

A Casa Branca e o vice-chefe de gabinete, Stephen Miller, acusaram os democratas de incitarem abertamente à "rebelião institucional" contra o Comandante-Chefe.

Embora o vídeo dos democratas não especificasse a que ordens ilegais se referia, as críticas surgem num contexto em que a administração Trump tem sido questionada pelo uso das Forças Armadas em operações internas, como o envio da Guarda Nacional para cidades governadas por democratas, e por operações no estrangeiro, como os ataques a embarcações nas Caraíbas que resultaram em dezenas de mortos. Líderes democratas exigiram que Trump apagasse as publicações "antes que alguém seja morto", sublinhando que a desobediência a ordens ilegais é um princípio fundamental do controlo civil sobre as Forças Armadas. Apesar da gravidade das declarações, a presidência norte-americana posteriormente negou que Trump tivesse feito um apelo à morte dos congressistas.