A administração Trump reverteu as tarifas de 40% sobre centenas de produtos agrícolas e industriais brasileiros, incluindo carne de vaca, café e cacau, na sequência de negociações diretas entre o Presidente Donald Trump e o seu homólogo brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva. A decisão marca uma viragem significativa na política comercial e ocorre num momento politicamente sensível, coincidindo com a detenção no Brasil do ex-presidente Jair Bolsonaro, um forte aliado de Trump. As tarifas tinham sido impostas por Trump como uma forma de "retaliação pelo julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro", que foi condenado por tentativa de golpe de Estado. No entanto, a relação entre Trump e Lula evoluiu positivamente após um encontro casual na Assembleia Geral da ONU, seguido de uma reunião formal em Kuala Lumpur, descrita como positiva por ambos os lados. Estas conversas culminaram na assinatura de uma ordem executiva por Trump que elimina as sobretaxas.
O Presidente Lula celebrou a decisão como uma "vitória do diálogo, da diplomacia e do bom senso", afirmando que demonstra o respeito que o Brasil reconquistou no cenário internacional.
Questionado sobre a detenção do seu aliado político, Trump afirmou desconhecer o facto, mas, após ser informado pelos jornalistas, considerou a situação "muito má".
A decisão de retirar as tarifas é vista por analistas como um sinal de que Trump está a priorizar uma agenda comercial e a estabilização da inflação nos EUA, mesmo que isso implique uma aparente deslealdade para com os seus aliados ideológicos como Bolsonaro.
Em resumoA remoção das tarifas sobre produtos brasileiros por parte de Trump assinala uma mudança pragmática na relação EUA-Brasil, privilegiando o diálogo económico com o Presidente Lula em detrimento da aliança política com Jair Bolsonaro. Enquanto Lula comemora uma vitória diplomática, Trump lamenta a prisão do seu aliado, evidenciando a complexa interação entre interesses comerciais e alinhamentos ideológicos na sua política externa.