A administração Trump anunciou um novo plano quinquenal que autoriza a perfuração de petróleo e gás ao largo das costas da Califórnia e da Flórida, áreas que estavam protegidas há décadas devido a preocupações ambientais e ao seu valor para o turismo. A medida faz parte da política de "domínio energético" do presidente, que visa maximizar a produção de combustíveis fósseis e reverte sistematicamente as políticas climáticas da administração anterior. O plano propõe seis leilões de concessões em águas federais ao largo da Califórnia, onde não ocorrem novos arrendamentos desde meados da década de 1980, e novas perfurações no leste do Golfo do México, perto da costa da Flórida.
O Secretário do Interior, Doug Burgum, defendeu a iniciativa como uma forma de garantir que a indústria "se mantém forte" e que a nação "continua dominante no setor energético". Esta política alinha-se com a retórica de Trump, que recentemente classificou as alterações climáticas como "a maior farsa alguma vez perpetrada contra o mundo".
A proposta enfrentou oposição imediata e veemente.
O governador da Califórnia, Gavin Newsom, um proeminente crítico de Trump, declarou a ideia "morta ainda antes de nascer".
Na Flórida, onde o turismo e as praias limpas são cruciais para a economia, espera-se também uma oposição bipartidária.
Além de promover a perfuração offshore, a administração também propôs revogar proteções para espécies ameaçadas, eliminando a proteção automática para animais e plantas recém-classificados como ameaçados, o que, segundo ambientalistas, poderia atrasar por anos os esforços de conservação.
Em resumoNuma clara aposta na expansão dos combustíveis fósseis, a administração Trump planeia abrir áreas costeiras protegidas na Califórnia e na Flórida à exploração petrolífera. Esta decisão, juntamente com a proposta de enfraquecer a Lei das Espécies Ameaçadas, reflete uma rutura total com as políticas ambientais anteriores e já gerou forte resistência política nos estados afetados.