A proposta inicial, elaborada sem a participação ucraniana, favorecia significativamente as exigências russas, colocando o governo de Zelensky numa posição diplomática delicada.
O plano original de 28 pontos, entregue a Kiev com um ultimato para aceitação até ao Dia de Ação de Graças, incluía concessões profundas que a Ucrânia há muito considerava inaceitáveis.
Entre as exigências estavam o reconhecimento da Crimeia, Lugansk e Donetsk como territórios russos, a cedência de áreas que ainda controla no Donbass para criar uma zona desmilitarizada, a limitação das suas forças armadas a 600.000 militares e a renúncia constitucional à adesão à NATO.
Em troca, os EUA ofereceriam garantias de segurança.
O Presidente Volodymyr Zelensky descreveu a situação como uma escolha entre "perder a sua dignidade ou correr o risco de perder um aliado fundamental".
A proposta gerou forte reação na Europa, com líderes a considerarem-na uma base que "requer trabalho adicional" e a criticarem a falta de distinção entre agressor e agredido. A Rússia, através de Vladimir Putin, considerou que o plano poderia "servir de base para uma solução definitiva".
Em resposta à pressão, realizaram-se negociações em Genebra entre delegações dos EUA, Ucrânia e representantes europeus.
Estas conversações resultaram num "quadro de paz atualizado e aperfeiçoado", com menos pontos e que, segundo a Ucrânia, passou a incluir as suas posições essenciais.
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, descreveu as negociações como produtivas, admitindo que o plano sofreria "algumas alterações".
A possibilidade de um encontro presencial entre Zelensky e Trump para discutir os pontos mais sensíveis foi avançada, enquanto a Rússia rejeitou uma contraproposta europeia, mantendo a complexidade do processo diplomático.














