A decisão não se baseou no mérito das acusações, mas sim na nomeação inválida da procuradora federal que liderou os casos. A juíza Cameron McGowan Currie determinou que a nomeação de Lindsey Halligan como procuradora interina do Distrito Leste da Virgínia "não era válida" no momento em que as acusações foram apresentadas. Halligan, uma conselheira da Casa Branca de 36 anos sem experiência prévia como procuradora, foi nomeada por Trump dias antes de apresentar a acusação contra Comey. A sua nomeação ocorreu após o seu antecessor, Erik Siebert, se ter demitido sob aparente pressão da Casa Branca, depois de questionar a solidez das provas contra Comey e James. Comey enfrentava acusações de obstrução e falsas declarações ao Congresso, enquanto James era acusada de fraude bancária.

Ambos se declararam inocentes e uniram esforços para contestar a legalidade da nomeação de Halligan.

As suas defesas denunciaram a forma "invulgar" como Halligan apresentou pessoalmente as acusações, depois de vários dos seus subordinados se terem recusado a fazê-lo.

A decisão judicial arquiva os casos "sem prejuízo", o que significa que a procuradoria poderá apresentar novas acusações no futuro, se os erros processuais forem corrigidos. A Casa Branca reagiu prontamente, com a secretária de imprensa, Karoline Leavitt, a anunciar que o governo iria recorrer da decisão, afirmando que a juíza "claramente tentou proteger" Comey e James.