A proposta inicial de 28 pontos foi recebida com ceticismo por ser amplamente favorável às exigências russas.

O plano original, entregue a Kiev com um ultimato para aceitação até 27 de novembro, previa concessões significativas por parte da Ucrânia, incluindo cedências territoriais no Donbass, o reconhecimento de facto do controlo russo sobre a Crimeia, Lugansk e Donetsk, uma redução substancial do seu exército e a renúncia à adesão à NATO. Em troca, oferecia garantias de segurança ocidentais e um pacote de reconstrução.

A proposta foi elaborada sem a participação direta da Ucrânia, o que gerou críticas do Presidente Volodymyr Zelensky e de líderes europeus, que a consideraram uma "rendição". O Presidente francês, Emmanuel Macron, embora visse o plano como "um passo na direção certa", alertou que não deveria ser "uma capitulação".

Perante a pressão, Zelensky declarou que o país enfrentava uma escolha entre "perder a sua dignidade ou correr o risco de perder um aliado fundamental".

A diplomacia intensificou-se com reuniões em Genebra e Abu Dhabi, envolvendo delegações dos EUA, Ucrânia, Rússia e Europa.

Como resultado, o plano foi revisto, passando de 28 para 19 pontos, com uma nova versão descrita como "significativamente melhor" para Kiev.

O enviado especial de Trump, Steve Witkoff, desempenhou um papel central, reunindo-se com o Presidente russo, Vladimir Putin, para discutir os detalhes. O Major-General Isidro de Morais Pereira destacou que o plano foi enviado à Ucrânia com uma "mensagem de chantagem", ameaçando cortar o fornecimento de armamento e informações estratégicas.

Apesar das dificuldades, Zelensky mostrou-se "pronto para avançar" com a versão atualizada, planeando uma visita aos EUA para finalizar os pormenores com Trump.