Numa medida que reverte décadas de políticas de proteção ambiental, a administração Trump anunciou planos para permitir novas perfurações de petróleo e gás em águas federais ao largo das costas da Califórnia e da Florida. A decisão está alinhada com a política de "domínio energético" do Presidente, mas enfrenta forte oposição de ambos os estados. O plano quinquenal do governo propõe vários leilões de concessões offshore entre 2027 e 2030, abrindo áreas na costa da Califórnia a novas perfurações pela primeira vez desde meados da década de 1980. Na Florida, as perfurações seriam permitidas em zonas do leste do Golfo do México, uma área protegida desde 1995 devido a preocupações com derrames de petróleo.
O Secretário do Interior, Doug Burgum, defendeu a iniciativa, afirmando que visa assegurar que "a indústria offshore americana se mantém forte" e que a nação "continua dominante no setor energético".
Esta política representa uma inversão sistemática do foco da administração anterior na mitigação das alterações climáticas, que Trump classificou como "a maior farsa alguma vez perpetrada contra o mundo".
A proposta encontrou oposição imediata e bipartidária.
O governador da Califórnia, Gavin Newsom, um democrata, considerou a ideia "morta ainda antes de nascer".
Na Florida, onde o turismo e as praias limpas são cruciais para a economia, também se espera uma forte resistência de ambos os partidos.
A medida reflete a prioridade da administração em maximizar a produção de combustíveis fósseis, mesmo à custa de proteções ambientais e do bloqueio a fontes de energia renovável.
Em resumoA administração Trump anunciou um plano controverso para autorizar novas perfurações de petróleo nas costas da Califórnia e da Florida, revertendo proibições de longa data. A iniciativa, parte da agenda de "domínio energético" do Presidente, enfrenta uma forte oposição bipartidária nos estados afetados, que temem os impactos ambientais e económicos.