Esta abertura surge enquanto os EUA intensificam a pressão sobre Caracas, incluindo a designação de um alegado cartel venezuelano como organização terrorista.
A relação entre os Estados Unidos e a Venezuela deteriorou-se significativamente, com a administração Trump a aumentar a presença militar no mar das Caraíbas sob o pretexto de combater o narcotráfico.
Estas operações resultaram em ataques a embarcações, causando dezenas de mortos e levando várias companhias aéreas, como a TAP, a suspender voos para Caracas por razões de segurança. Washington designou o "Cartel dos Sóis", que acusa ser liderado por Maduro, como uma organização terrorista estrangeira, e ofereceu uma recompensa de 50 milhões de dólares pela sua captura.
Em resposta, o governo venezuelano, através do ministro Diosdado Cabello, classificou o secretário de Estado Marco Rubio como um "palhaço com delírios" e prometeu "aniquilar" quem tentar atacar o país.
Apesar desta escalada, Trump declarou à comunicação social: "Poderei falar com ele (Maduro), veremos".
O presidente americano justificou a sua posição com a vontade de "salvar vidas" pacificamente, mas não descartou o uso da força, afirmando que "se tivermos de o fazer pela força, também está tudo bem". Trump acusou ainda Caracas de "causar muitos problemas" e de "enviar milhões de pessoas" para os EUA, referindo-se à libertação de prisioneiros.
A postura ambígua de Trump, que combina ameaças militares com uma abertura ao diálogo, mantém a região em alerta, com líderes como o presidente brasileiro Lula da Silva a expressarem "preocupação" com o aparato militar americano.














