A intervenção americana surge num esforço para preservar a recente abertura diplomática e comercial com Pequim.

A tensão entre as duas maiores economias asiáticas intensificou-se após Sanae Takaichi afirmar que Tóquio poderia intervir militarmente no caso de um ataque chinês a Taiwan, ilha que Pequim considera parte do seu território.

Esta declaração provocou uma forte reação da China, que convocou o embaixador japonês e desaconselhou viagens para o arquipélago. Pouco depois, durante uma chamada telefónica com o Presidente chinês Xi Jinping, este insistiu que o retorno de Taiwan à China faz parte da "ordem internacional do pós-guerra".

De acordo com o Wall Street Journal, citando responsáveis anónimos, Trump telefonou a Takaichi e "aconselhou-a a não provocar Pequim sobre a questão da soberania da ilha".

A mensagem foi descrita como "subtil", sem pressionar a primeira-ministra a retratar-se.

O porta-voz do governo japonês, Minoru Kihara, recusou-se a confirmar os pormenores da conversa, classificando-a como um "assunto diplomático".

No entanto, fontes japonesas citadas pelo jornal consideraram a mensagem "preocupante", interpretando-a como um sinal de que Trump não queria que as tensões em torno de Taiwan comprometessem os acordos comerciais recentes com a China, nomeadamente a promessa de Pequim de comprar mais produtos agrícolas norte-americanos.