A proposta, inicialmente vista como favorável a Moscovo, gerou forte reação da Ucrânia e dos aliados europeus, forçando uma revisão do documento original. O plano inicial de 28 pontos, elaborado pelos EUA com contributos da Rússia mas sem a participação da Ucrânia ou da UE, continha exigências que Kiev considerava inaceitáveis: a cedência de vastos territórios, incluindo o reconhecimento da Crimeia e do Donbass como russos; uma redução drástica do exército ucraniano para 600.000 militares; e a renúncia constitucional à adesão à NATO. O Presidente Trump impôs um prazo até ao Dia de Ação de Graças (27 de novembro) para que o Presidente Volodymyr Zelensky aceitasse a proposta, sob a ameaça de retirar o apoio norte-americano. Zelensky descreveu a situação como uma escolha entre "perder a dignidade ou correr o risco de perder um aliado fundamental".
A proposta gerou alarme na Europa, levando líderes da UE a elaborar uma contraproposta que rejeitava os cortes militares e a proibição da adesão à NATO. Perante a reação negativa, realizaram-se negociações urgentes em Genebra entre delegações dos EUA, da Ucrânia e da Europa.
Destas conversações resultou um "quadro de paz atualizado e aperfeiçoado", com menos pontos, que, segundo a Ucrânia e os EUA, respeitava a soberania de Kiev.
Apesar dos progressos, a Rússia rejeitou as alterações europeias.
A saga diplomática revelou também que o enviado de Trump, Steve Witkoff, aconselhou o Kremlin sobre como elogiar o presidente americano para ganhar o seu favor, evidenciando a complexa e, por vezes, conflituosa dinâmica entre os EUA e os seus aliados.













