Esta ação diplomática ocorreu após uma conversa com o Presidente chinês Xi Jinping, na qual Trump também anunciou uma futura visita a Pequim, revelando a sua abordagem pragmática na gestão das relações no Indo-Pacífico.

A tensão bilateral aumentou significativamente depois de a nova primeira-ministra do Japão, Sanae Takaichi, ter afirmado que Tóquio poderia intervir militarmente em caso de um ataque chinês a Taiwan.

A China reagiu com veemência, e o assunto foi abordado numa chamada telefónica entre Xi Jinping e Donald Trump.

O líder chinês insistiu que o "retorno" de Taiwan à China era parte da "ordem internacional do pós-guerra".

Pouco depois, Trump telefonou a Takaichi e, segundo fontes anónimas, "aconselhou-a a não provocar Pequim sobre a questão da soberania da ilha".

A mensagem foi descrita como "subtil", mas foi vista com preocupação por oficiais japoneses, que temeram que Trump estivesse a sacrificar as tensões regionais para não comprometer a sua recente abertura com a China, que incluía promessas de compra de produtos agrícolas norte-americanos. Consistente com esta aproximação, Trump anunciou uma visita a Pequim em abril e convidou Xi para uma visita de Estado a Washington, descrevendo a relação bilateral como "extremamente forte". Esta manobra diplomática exemplifica a estratégia de Trump de equilibrar as alianças tradicionais com negociações diretas com adversários estratégicos, priorizando os interesses económicos e comerciais dos EUA.