A proposta, que inicialmente parecia favorecer as exigências russas, está a ser renegociada sob forte pressão e com um prazo iminente.
O plano de 28 pontos, elaborado com a participação da Rússia mas sem consulta prévia à Ucrânia ou à União Europeia, causou alarme em Kiev e nas capitais europeias.
A proposta inicial exigia que a Ucrânia cedesse territórios ocupados como a Crimeia, Donetsk e Lugansk, limitasse as suas forças armadas a 600.000 militares e renunciasse formalmente à adesão à NATO.
Em troca, receberia garantias de segurança do Ocidente.
A proposta foi descrita por senadores norte-americanos como uma "lista de desejos" da Rússia. O Presidente russo, Vladimir Putin, acolheu a proposta, afirmando que poderia "servir de base para uma solução final e pacífica". Perante a forte oposição, Donald Trump estabeleceu um prazo até ao Dia de Ação de Graças para que o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, respondesse, ameaçando com a continuação do avanço russo.
Esta pressão levou a uma ronda urgente de negociações em Genebra, envolvendo representantes dos EUA, da Ucrânia e de potências europeias.
Após as conversações, lideradas pelo Secretário de Estado Marco Rubio, as partes anunciaram ter chegado a um "quadro de paz atualizado e aperfeiçoado", com o plano a ser reduzido para 19 pontos e com as questões mais sensíveis a serem deixadas para uma negociação direta entre Trump e Zelensky.
Trump recuou na sua posição inicial, afirmando que a proposta "não é, nem de longe", a sua oferta final.
Entretanto, o seu enviado especial, Steve Witkoff, prepara-se para se encontrar com Putin em Moscovo para discutir o acordo.













