Esta medida, juntamente com a intensificação da presença militar americana nas Caraíbas, gerou uma forte condenação internacional e preparou o terreno para um confronto direto.
A declaração de Donald Trump foi feita através da sua rede social, a Truth Social, onde escreveu: "Todas as companhias aéreas, pilotos, traficantes de droga e traficantes de seres humanos considerem o espaço aéreo sobre e ao redor da Venezuela como totalmente fechado".
A resposta de Caracas foi imediata, com o Ministério dos Negócios Estrangeiros a denunciar o que classificou como uma "ameaça colonialista" e uma "nova agressão extravagante, ilegal e injustificada contra o povo venezuelano". A crise diplomática é agravada pela forte presença militar dos EUA na região, que inclui o porta-aviões USS Gerald R. Ford, justificada por Washington como uma operação de combate ao narcotráfico, visando especificamente o "Cartel de Los Soles", que os EUA associam ao Presidente Nicolás Maduro.
Trump ameaçou ainda alargar a ofensiva para ações terrestres "muito em breve".
A situação gerou preocupação em Portugal, com o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa a manifestar-se atento aos cenários para a comunidade portuguesa na Venezuela.
O Irão e Cuba também condenaram a ação dos EUA, com Teerão a considerá-la uma "violação flagrante das normas e princípios fundamentais do direito internacional".
Em contraste com a retórica beligerante, foi noticiado que Trump e Maduro conversaram por telefone na semana anterior para discutir uma possível reunião, um desenvolvimento que adiciona uma camada de complexidade a um cenário já volátil, oscilando entre a ameaça de conflito e a possibilidade de diálogo direto.













