A iniciativa, centrada num plano que evoluiu significativamente, coloca Washington no centro das negociações para terminar um conflito que se arrasta há quase quatro anos.

O plano de paz proposto pelos EUA, inicialmente composto por 28 pontos, foi recebido com forte apreensão em Kiev e nas capitais europeias por ser considerado demasiado favorável a Moscovo.

A versão original incluía a cedência de territórios ocupados pela Rússia, uma redução substancial das forças armadas ucranianas e a renúncia formal à adesão à NATO.

Após intensas negociações em Genebra entre delegações norte-americanas, ucranianas e europeias, o plano foi revisto.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, confirmou que o novo documento reflete melhor as prioridades de Kiev, afirmando que "é importante que haja um tom construtivo na conversa".

Apesar das alterações, a alta representante da UE, Kaja Kallas, criticou a exclusão inicial da União Europeia do processo, sustentando que a Ucrânia estaria "numa posição mais forte" com o apoio do bloco.

O Presidente Trump, por sua vez, mostrou-se otimista, declarando haver "boas hipóteses" de um acordo e que "algo de bom pode acontecer". Para dar seguimento às negociações, Trump anunciou que o seu enviado especial, Steve Witkoff, acompanhado talvez por Jared Kushner, se reunirá com o Presidente Vladimir Putin em Moscovo na próxima semana, um passo crucial para aferir a recetividade do Kremlin à nova proposta.