A retórica agressiva foi acompanhada por ações concretas, incluindo um grande destacamento militar nas Caraíbas e a declaração de que o espaço aéreo venezuelano deveria ser considerado "totalmente fechado". Numa publicação na sua rede social, Truth Social, Trump dirigiu-se a "todas as companhias aéreas, pilotos, traficantes de droga e traficantes de seres humanos", avisando-os para considerarem o espaço aéreo "sobre e ao redor da Venezuela como totalmente fechado".

Esta declaração foi classificada por Caracas como uma "ameaça colonialista" e uma "nova agressão extravagante, ilegal e injustificada".

A tensão aumentou com a ameaça de Trump de que as forças armadas norte-americanas começarão "muito em breve" a deter traficantes "por terra", após operações marítimas que, segundo Washington, resultaram na destruição de mais de 20 embarcações e na morte de mais de 80 pessoas.

No meio desta escalada, foi revelado que Trump e Maduro conversaram recentemente por telefone. Ao confirmar a chamada, Trump foi lacónico: "Não diria que correu bem ou mal.

Foi um telefonema". Fontes anónimas indicaram que a conversa abordou um possível encontro, e um senador republicano afirmou que foi oferecida a Maduro a opção de se exilar, sugerindo que "poderia ir para a Rússia ou para outro país". Caracas, por sua vez, insiste que o objetivo real dos EUA é uma mudança de regime para se apoderar das reservas de petróleo do país.