As relações entre os Estados Unidos e a Venezuela atingiram um ponto de tensão sem precedentes, marcado por uma robusta operação militar norte-americana nas Caraíbas e por uma retórica agressiva de Donald Trump. A situação escalou com a ameaça de ataques terrestres e o encerramento do espaço aéreo venezuelano, apesar de contactos telefónicos secretos entre os dois presidentes. Sob o pretexto de combater o narcotráfico, a administração Trump destacou navios de guerra e forças militares para a região, resultando em mais de 20 ataques contra embarcações suspeitas e na morte de mais de 80 pessoas. Trump justificou a operação como uma questão de segurança nacional, acusando Nicolás Maduro de liderar um cartel de droga.
A retórica endureceu quando o presidente americano anunciou que as operações passariam de ataques marítimos para "ataques em terra", afirmando que estes aconteceriam "muito em breve" porque "sabemos onde os maus moram". A escalada prosseguiu com a declaração de Trump de que o espaço aéreo venezuelano deveria ser considerado "totalmente fechado", o que levou Caracas a revogar as licenças de operação de várias companhias aéreas, incluindo a TAP. O governo venezuelano denunciou as ações como uma manobra para uma "mudança de regime" com o objetivo de controlar as suas vastas reservas de petróleo.
O Pentágono confirmou ter "uma resposta planeada e pronta" caso Maduro abandone o país.
Paradoxalmente, em meio à hostilidade, foi revelado que Trump e Maduro tiveram uma conversa telefónica "cordial", e que os EUA terão proposto a Maduro o exílio na Rússia, demonstrando a complexidade e a volatilidade da situação.
Em resumoA relação entre os EUA e a Venezuela tornou-se extremamente volátil, com a administração Trump a combinar uma forte pressão militar e ameaças diretas sob o pretexto da luta antidrogas, enquanto Caracas acusa Washington de imperialismo. A existência de contactos secretos entre Trump e Maduro, a par de planos de contingência para a queda do regime, revela uma crise multifacetada e imprevisível.