As relações entre os Estados Unidos e a Venezuela atingiram um ponto crítico, com a administração Trump a intensificar a pressão sobre o regime de Nicolás Maduro através de uma campanha militar antidroga e a ameaçar com "ataques em terra". Apesar da retórica agressiva, a existência de contactos telefónicos secretos entre os dois presidentes revela a complexidade de uma crise com vastas implicações geopolíticas. A administração Trump justificou o envio de navios de guerra e o destacamento de forças militares para o Mar das Caraíbas como uma operação de combate ao narcotráfico, acusando Maduro de liderar uma “organização terrorista” chamada Cartel dos Sóis. Esta operação resultou em mais de 20 ataques a embarcações suspeitas desde setembro, causando a morte de pelo menos 82 pessoas.
Trump elevou a fasquia ao afirmar que os EUA se preparam para passar dos ataques marítimos para os terrestres, que acontecerão “muito em breve”, pois sabem “onde os maus moram”.
Além disso, declarou o espaço aéreo venezuelano como “totalmente fechado”, uma medida que Caracas classificou como uma “ameaça colonialista”.
O governo venezuelano rejeita as acusações de narcotráfico, afirmando que o verdadeiro objetivo de Washington é derrubar o presidente e controlar o petróleo do país.
Em contraste com esta escalada, foi confirmado que Trump e Maduro tiveram uma conversa telefónica “cordial”, e fontes indicam que os EUA terão proposto a Maduro o exílio na Rússia.
Esta dualidade de abordagens — ameaças militares públicas e diplomacia secreta — cria um cenário volátil, onde tanto um conflito aberto como uma saída negociada permanecem como possibilidades.
Em resumoA administração Trump intensificou a sua confrontação com a Venezuela, combinando uma campanha militar letal contra o narcotráfico com ameaças de ataques terrestres. Enquanto Caracas denuncia a manobra como um pretexto para controlar o seu petróleo, canais de comunicação secretos entre Trump e Maduro sugerem que a crise pode ter múltiplos desfechos, desde um conflito aberto a uma saída negociada.