Na sequência de um ataque armado em Washington D.C. perpetrado por um cidadão afegão, a administração Trump ordenou uma suspensão imediata de todas as decisões sobre pedidos de asilo e uma revisão em larga escala dos vistos de residência de cidadãos de 19 países. Esta medida representa um aprofundamento da política de imigração restritiva do Presidente, que prometeu interromper a migração de "todos os países do Terceiro Mundo". O ataque, que vitimou uma militar da Guarda Nacional, serviu de catalisador para uma série de medidas draconianas. A administração congelou por tempo indeterminado a concessão de asilo e iniciou uma “revisão rigorosa, em grande escala” dos ‘green cards’ emitidos a cidadãos de 19 nações, incluindo Afeganistão, Haiti, Irão e Venezuela. A secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, defendeu uma “proibição total de entrada dos cidadãos de cada país maldito que inundou a nação com assassinos, sanguessugas e viciados em assistência social”.
O próprio Trump intensificou a sua retórica, descrevendo os imigrantes somalis como “lixo” que “não os quer” nos EUA.
Adicionalmente, o Secretário do Tesouro, Scott Bessent, anunciou que o governo irá cortar benefícios fiscais para imigrantes indocumentados.
A administração aproveitou o facto de o suspeito do ataque, Rahmanullah Lakanwal, ter entrado nos EUA durante a administração Biden para culpar o seu antecessor, embora o seu pedido de asilo tenha sido aprovado já sob o governo de Trump. Estas ações, que incluem também planos para alargar a proibição de viagens a mais de 30 países, consolidam a imigração como um pilar central e intransigente da presidência de Trump.
Em resumoA administração Trump utilizou um ataque em Washington como justificação para um endurecimento drástico da sua política migratória, suspendendo processos de asilo e revendo vistos de residência. Acompanhadas por uma retórica hostil, estas medidas visam restringir a imigração de países considerados de risco e aprofundam a abordagem de "tolerância zero" que tem marcado a presidência.