O documento de 33 páginas, analisado pela agência AFP, argumenta que, “se as tendências atuais continuarem, o continente [Europa] vai ficar irreconhecível dentro de 20 anos ou menos”. A Casa Branca critica duramente as políticas europeias em várias frentes, incluindo as migratórias, que alega estarem a “transformar o continente e a criar tensões”, a “censura à liberdade de expressão”, a “queda nas taxas de natalidade” e a “perda de identidades nacionais”.

Washington expressa o desejo de que “a Europa permaneça europeia, recupere sua autoconfiança civilizacional e abandone sua obsessão infrutífera com o sufoco regulatório”.

O documento também questiona o futuro da NATO, sugerindo que “em poucas décadas” os seus membros poderão ser predominantemente não europeus.

Esta visão reflete a filosofia de Trump, resumida no prefácio: “Pomos a América em primeiro lugar em tudo o que fazemos”.

Em resposta, a alta representante da UE, Kaja Kallas, procurou minimizar as tensões, assegurando que, apesar das divergências, “os Estados Unidos continuam a ser o nosso maior aliado”.

A estratégia anuncia ainda um “reajustamento” da presença militar dos EUA no mundo, afastando-se de teatros de operações de menor importância para a segurança americana.