Numa das mais drásticas medidas da sua agenda anti-imigração, a Administração Trump suspendeu todos os pedidos de imigração provenientes de 19 países considerados de alto risco e congelou por tempo indeterminado as decisões sobre concessão de asilo. Estas ações foram implementadas na sequência de um ataque armado em Washington, servindo de justificação para um aprofundamento das políticas restritivas. A suspensão afeta os pedidos de 'green cards' e de naturalização de cidadãos de doze países já sujeitos a uma proibição de entrada desde junho (incluindo Afeganistão, Irão, Somália e Haiti) e de sete nações adicionais (como Burundi, Cuba e Venezuela).
A medida foi justificada pelo ataque a dois membros da Guarda Nacional por um cidadão afegão.
A retórica que acompanhou a decisão foi particularmente dura, com a secretária da Segurança Interna, Kristi Noem, a recomendar a Trump "uma proibição total de entrada dos cidadãos de cada país maldito que inundou a nação com assassinos, sanguessugas e viciados em assistência social", acrescentando: "Não os queremos, nem um único deles". O próprio Presidente Trump afirmou que o congelamento dos processos de asilo duraria "muito tempo", pois "muitas delas [as pessoas] não são boas e não deveriam estar no nosso país".
A repressão estendeu-se ao sistema judicial, com a demissão de oito juízes de imigração em Nova Iorque, uma ação que associações de defesa dos migrantes interpretaram como uma tentativa de substituir magistrados por profissionais mais alinhados com a política governamental.
Em resumoUtilizando um incidente de segurança como catalisador, a Administração Trump implementou uma suspensão abrangente dos processos de imigração para 19 países e congelou as decisões de asilo. Apoiadas por uma retórica inflamada, estas medidas representam um passo significativo no endurecimento da política migratória, visando restringir drasticamente a entrada de cidadãos de nações consideradas de risco.