A medida contrasta fortemente com a retórica e as ações militares da administração no combate ao tráfico de droga na América Latina.

Juan Orlando Hernández cumpria uma pena de 45 anos de prisão por facilitar a entrada de toneladas de cocaína nos Estados Unidos. O perdão foi justificado por Trump com a alegação de que Hernández tinha sido vítima de uma "cilada" montada pela anterior administração Biden. A libertação do ex-presidente foi imediatamente criticada por congressistas democratas, que apontaram a contradição flagrante com a política da administração.

O senador Alex Padilla destacou a ironia de Trump conceder "um indulto a um notório traficante de droga" enquanto o seu secretário da Defesa "bombardeia barcos e mata dezenas de pessoas nas Caraíbas" em nome da guerra contra as drogas. A decisão expôs uma aparente dualidade de critérios, onde a luta contra o narcotráfico parece ser aplicada seletivamente, levantando questões sobre as motivações políticas por detrás do uso do poder de clemência presidencial.