Esta medida representa um dos mais significativos endurecimentos da política migratória da presidência, afetando nações maioritariamente pobres e instáveis. A decisão foi tomada dias após um cidadão afegão ter disparado contra dois membros da Guarda Nacional perto da Casa Branca, causando a morte a uma militar.
A suspensão afetou os 12 países que já se encontravam sob uma proibição de entrada desde junho (Afeganistão, Myanmar, Chade, República do Congo, Guiné Equatorial, Eritreia, Haiti, Irão, Líbia, Somália, Sudão e Iémen) e adicionou outros sete (Burundi, Cuba, Laos, Serra Leoa, Togo, Turquemenistão e Venezuela).
A medida teve consequências imediatas, como o cancelamento de entrevistas e cerimónias de naturalização, onde agentes do Serviço de Cidadania e Imigração (USCIS) impediram imigrantes de prosseguir com o processo devido ao seu país de origem. A Secretária da Segurança Interna, Kristi Noem, justificou a política com uma retórica contundente, afirmando ter recomendado a Trump "uma proibição total de entrada dos cidadãos de cada país maldito que inundou a nação com assassinos, sanguessugas e viciados em assistência social". Esta ação insere-se numa estratégia mais ampla de repressão à imigração, que incluiu também a demissão de juízes de imigração em Nova Iorque, vistos por associações de defesa dos migrantes como uma tentativa de alinhar o sistema judicial com a política do governo.














